20 de abril de 2017

Jovens do RN preferem ajuda e não aderem ao ‘Baleia Azul’


Jovens do RN preferem ajuda e não aderem ao ‘Baleia Azul’
Oito estados brasileiros, incluindo o vizinho Paraíba, já registram casos de suicídio relacionados ao jogo “Baleia Azul”. O Rio Grande do Norte, felizmente, tem até aqui ido pelo caminho do bom senso.
De acordo com a Delegacia Geral de Polícia Civil, não há registro de mortes ligadas ao macabro jogo que surgiu na Rússia e onde jovens cumprem 50 desafios de isolamento, solidão continuada e automutilação, com o inevitável desfecho do suicídio.
Por outro lado, a popularização do jogo fez crescer a procura por ajuda sobre o assunto no Centro de Valorização da Vida (CVV).
De acordo com o coordenador do órgão, Ciro Sampaio, as ligações diárias para o serviço, que presta suporte a quem atravessa momentos de dificuldades psicológicas, são estimada entre 80 e 100 pedidos de ajuda. “Com o Baleia Azul, nas últimas duas semanas, o número de ligações cresceu em um terço”, revelou Ciro Sampaio.

Casos
No Brasil, 1 em cada 10 adolescentes de 11 a 17 anos acessa conteúdo na internet sobre formas de se ferir – e 1 em cada 20, de se suicidar, segundo o Centro de Estudos Sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic). Depois de postar em sua página no Facebook a frase “a culpa é da baleia”, um adolescente de 17 anos tentou se jogar ontem do viaduto sobre a Rodovia Marechal Rondon, em Bauru, interior paulista. Trata-se de mais um caso que envolveria o jogo viral de internet Baleia-Azul, que incita a suicídio e mutilações e já causou alertas policiais e de saúde em oito Estados (SP, PR, MG, MT, PE, PB, RJ e SC).
Pesquisa do Cetic que analisou 19 milhões de internautas brasileiros mostra o avanço das buscas desse público por mutilações (11%) e mortes (6%) no universo online. Os casos mais recentes envolvem o Baleia-Azul. O maior número de registros até agora é na Paraíba, onde a Polícia Militar diz ter identificado 20 adolescentes envolvidos no jogo. O coronel Arnaldo Sobrinho, coordenador do Escritório Brasileiro da Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernético, relatou tentativas de suicídio e mutilação de adolescentes em João Pessoa e nas cidades de Campina Grande e Guarabira.
A origem e até a existência do suposto jogo, com 50 níveis de dificuldade, tendo o suicídio como resultado final, é polêmica. Seu nome deriva da espécie presente nos Oceanos Atlântico, Pacífico, Antártico e Índico que chega a procurar as praias, por vontade própria, para morrer.
As primeiras informações, de 2015, relatavam um jogo de incentivo ao suicídio propagado pelo Vkontakte (VK), o Facebook russo. Posteriormente, entidades denunciaram o caso como “fake news” (notícia falsa), mas o viral não para de avançar. Participantes surgem em grupos fechados, selecionados de madrugada. Na sequência, o administrador, ou “curador”, lança desafios, que já provocaram problemas em diversos países, incluindo Espanha e França.
Serviço
Centro de Valorização da Vida (CVV)
Telefone: 141 ou (84) 3221-4111.
Além disso, no site, o www.cvv.org.br, a pessoa pode ainda ser ajudada através de videochamadas ou por chat.

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