20 de agosto de 2015

Partido dos Trabalhadores e seus movimentos satélites convocaram um protesto pelo país para 'retomar as ruas'. Mas não deu

Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais protestam em frente à Candelária no centro do Rio de Janeiro - 20/08/2015
Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais protestam em frente à Candelária no centro do Rio de Janeiro - 20/08/2015(Paulo Campos/Folhapress)
Não foi hoje que os movimentos historicamente cooptados pelo Partido dos Trabalhadores, nas palavras da sigla, Rui Falcão, conseguiram "retomar as ruas". Organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em dia de expediente dos trabalhadores, as passeatas esvaziadas pelo país defenderam a presidente Dilma Rousseff - embora diversos cartazes estampavam dizeres em defesa de petistas presos pelo petrolão. Nas capitais, além dos sindicalistas, as passeatas reuniram movimentos de sem-terra e sem-teto. Em entrevista, Falcão disse que os movimentos satélites do PT "estavam defendendo a democracia", o que deixou no ar qual foi a bandeira levada às ruas pelas multidões que lotaram as três maiores passeatas da história democrática do país neste ano contra a presidente Dilma Rousseff e o projeto de poder do PT.
Em São Paulo, o alvo preferencial dos ataques foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário número um do Palácio do Planalto, e o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. Também sobraram queixas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por causa do ajuste fiscal.
Do alto de um carro de som, um cutista chamou o "grito de guerra", mas ninguém entendeu: "O golpe tem nome, chama-se Agenda Brasil", em alusão ao pacote de medidas proposto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar dar fôlego ao governo.
Nas redes sociais, petistas tentaram emplacar diversas hashtags, mas a que fez mais sucesso nesta quinta-feira foi #marchadospixulecos, em referência à "moeda" usada para pagar propina por integrantes do partido.

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