Uma menina de apenas 12 anos foi arrastada para dentro de um banheiro masculino da escola onde estuda e estuprada por três adolescentes, na tarde da última terça-feira, dia 12 de maio. A menina, segundo depoimento prestado na 97º DP (Americanópolis), foi mantida presa pelo pescoço e com a boca tapada enquanto os meninos praticavam o ato. O crime aconteceu na Escola Estadual Leonor Quadros, no Jardim Miriam, na zona sul de São Paulo.
Em depoimento, a adolescente contou que foi segurada e arrastada por um dos adolescentes e, quando chegou ao banheiro, lá estavam mais dois esperando. As agressões ocorreram em uma das cabines do local.
A mãe da menina respira fundo para segurar o choro ao falar da filha. Ao EXTRA, ela contou que desde então a adolescente não vai mais à escola.
- Ela não está nada bem, viu? Tomou remédio muito forte. Vai ter que fazer tratamento psicológico - lamenta a mulher, que ainda não falou com os agressores.
O remédio forte ao qual a mãe se refere é o coquetel antiaids. Após o ato, segundo a mãe, a menina procurou a direção da escola e relatou que estava apenas passando mal, porque ficou com vergonha de dizer o que havia acontecido. No caminho para o hospital é que ela teria relatado ao diretor que havia sido agredida. Segundo a secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a adolescente foi medicada no Hospital Pérola Byington. A garota já fez exames para comprovar a violência sexual e os resultados saem em 40 dias.
Ainda segundo a mãe da estudante, que tem mais uma filha, de 18 anos, toda a família está abalada.
- Na semana passada a gente não teve condições de fazer nada, só cuidar da saúde dela. Por isso só procurei a delegacia agora - explica a atendente, de 34 anos.
O coordenador da subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) , em Santo Amaro, disse que este não é o primeiro caso de estupro em escolas estaduais de São Paulo.
- Há tempos a gente denuncia a falta de estrutura dessa escola. Com uma parte dos professores em greve, os alunos passam o tempo no pátio, sem supervisão, segurança. Qualquer um pula o muro daquela escola. Vamos protocolar na Secretaria de Educação um ato de repúdio a essa situação, que infelizmente não é um caso isolado. Temos muitos casos de alunas estupradas em outras escolas e algumas direções são omissas - afirma o professor Eduardo Henrique Silva.
O EXTRA procurou a direção da escola, mas não conseguiu contato. A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo também não retornou nossas ligações.
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