8 de março de 2015

Chove quase metade do previsto para o mês de março na capital potiguar, diz Emparn

Volume de chuvas de apenas um dia atingiu 40% da média prevista para todo o mês de março

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As chuvas que caíram durante a madrugada e boa parte da manhã desta sexta-feira (6) correspondem a 40,3% da previsão para todo o mês de março, que tem uma previsão de média de 208 milímetros de chuvas. Em Natal, Neópolis e Ponta Negra foram os bairros que mais choveu, ultrapassando os 80 milímetros. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Meteorologia do Rio Grande do Norte (Emparn), a chuva em Natal teve média de 66 mm e a tendência é que o tempo chuvoso permaneça até a próxima semana.
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“Normalmente, as chuvas fortes ocorrem por até oito horas e, depois, seguem para o interior. A tendência é que aumentem as chuvas no período da tarde e noite no interior do estado”, explicou Gilmar Bristot. Pelo boletim da Emparn, até as 07h de hoje, as chuvas mais intensas foram registradas em Luís Gomes (70mm), Natal (66mm) e Santana do Seridó (54,7mm). Em Natal e Região Metropolitana, a expectativa é que as chuvas continuem ocorrendo até a terça-feira (10).
Foto: Fábio Ewerton
Foto: Fábio Ewerton
De acordo com o secretário Municipal de Defesa Social, Paulo César Costa, a maioria das ocorrências foi de pontos de alagamentos e casas com riscos de desabamento, mas sem nenhum caso de maior gravidade. Ele disse que a Defesa Civil ficou em situação de atenção durante toda a manhã, monitorando os pontos mais críticos.
Foto: Fred Galvão
Foto: Fred Galvão
TRANSTORNOS
Uma árvore caída obstruiu quase metade da avenida Hermes da Fonseca, no bairro Tirol, na manhã de hoje. Ninguém ficou ferido, entretanto os Bombeiros levaram mais de uma hora para realizar o trabalho de remoção da arvóre. Este não foi o único transtorno gerado pela água. Segundo o sargento Gurgel, do Corpo de Bombeiros Militar, a árvore que caiu era uma acácia, localizada no canteiro central da avenida, próximo à AABB. “Ela tem uma raiz rasa e por isso caiu facilmente”, explicou. Ainda de acordo com o sargento, o chamado ocorreu por volta das 8h. Os militares precisaram usar uma moto-serra para tirar o tronco e os galhos da via.
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Poucos metros adiante, na mesma avenida, os garis da empresa Vital, prestadora de serviço na limpeza pública da capital, tentavam desentupir um bueiro. A água era tanta que os usuários que aguardavam o transporte na parada de ônibus precisaram ficar em pé sobre o banco da parada.
Quem arriscou passar pelo alagamento na Rua Doutor José Gonçalves, em Lagoa Nova, ficou com o carro preso. Foi o caso da motorista de um veículo Audi, que não quis dar entrevista. O carro parou no meio de uma lagoa que se formou na rua e só pôde ser retirado com a ajuda de moradores e pessoas que trabalham na região.
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O fluxo de veículos também ficou lento na avenida Roberto Freire, em Capim Macio, onde os veículos mal puderam sair do lugar. “É impressionante, como, toda vez que chove, a situação da cidade fica assim. Acho que o poder público só tenta fazer o paliativo, não resolver de verdade”, disse o professor Paulo Peixoto, 32 anos. Após o fim da chuva a água ainda demorou a escoar.
Mesmo com as obras realizadas para a Copa do Mundo, a avenida Capitão-Mor Gouveia manteve o seu histórico de alagamentos. Uma motorista também ficou presa em um dos trechos e foi auxiliada pela equipe da STTU. Pontos de acúmulo de água também foram registrados na avenida Jaguarari.
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Esgoto na praia
Frequentador da praia de Areia Preta, o designer Rodrigo Bezerra, 26, desistiu do surf por causa da falta de ondas. “Cheguei por volta das 6h e ainda não estava chovendo. Mas agora, com a chuva, o mar está parado”, disse. A poucos metros do local em que ele estava, a galeria de águas pluviais jorrava um líquido escuro. De acordo com os moradores da região, era esgoto, e uma galeria teria estourado na avenida Guanabara, em Mãe Luiza, provocando o problema.
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Questionada quanto ao problema assessoria da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) destacou que o esgotamento sanitário não tem qualquer ligação com a drenagem, que é de responsabilidade da chuva. Logo, é possível que o esgoto desaguado no mar seja oriundo de ligações clandestinas. Durante a manhã não houve chamados para a região.
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O vendedor Carlos Alberto da Silva, que mantém um quiosque próximo ao relógio solar, afirma que o problema se repete toda vez que chove. “Acho que não é esgoto, mas toda vez que chove fica assim. Essa galeria traz a sujeira. A praia sempre fica imprópria em dia de chuva”, colocou.
As obras de reestruturação da área de Mãe Luiza, onde uma cratera se abriu em junho do ano passado, ficaram paralisadas durante a chuva.  Equipes da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Defesa Civil se deslocaram até o local para acompanhar a situação, mas não houve deslizamento de terra nem qualquer interrupção do trânsito. “Fomos lá apenas para verificar a situação, mas não teve nada”, explicou o inspetor Carlos Eugênio, chefe de fiscalização da STTU.

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