A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, com apoio da Polícia
Militar, deflagrou operação na manhã desta quinta-feira (29) para coibir
o tráfico de drogas na região Agreste do estado. Com a expedição de dez
mandados de busca e apreensão, o delegado da 6ª Regional de Polícia,
Normando Feitosa, comandou a chamada "Operação Presente de Natal" em
Nova Cruz, Passa e Fica e Montanhas. Quatro pessoas foram presas.
A
ação da Polícia Civil não tinha como alvo a desarticulação de uma única
quadrilha, e sim de focos de venda de drogas na região. Pelo menos dois
traficantes tidos como alvos fugiram, mas ainda assim, a Polícia Civil
em operação conjunta com soldados do 8º Batalhão da Polícia Militar
(BPM), apreendeu quatros armas, sendo duas espingardas de calibres 28 e
12 e dois revólveres 38 e mais 38 munições. "A gente deu um tiro e
acertou em outra coisa", chegou a dizer o delegado.
Além
disso, a Polícia ainda prendeu quatro pessoas, uma das quais Manoel
Laércio da Silva, 23 anos, que é acusado de assalto e contra o qual
havia um mandado de prisão expedido pelo juiz da Comarca de Nova Cruz,
Márcio Silva Maia. Em Passa e Fica, foi preso José Neto dos Santos
Souza, 43 anos, apelidado de "Galego Zulu", que foi preso em casa com a
espingarda 28 e os dois revólveres. Outra pessoa que está presa é Thiago
Darquínio da Silva, 18 anos.
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Afora as armas e munições, a "Operação
Presente de Natal" ainda apreendeu cerca de R$ 4 mil em espécie, uma
adaga e uma faca peixeira e oito celulares, cinco relógios, uma máquina
fotográfica, que a Polícia vai investigar se são produtos de roubos e
pertencem a terceiros. Também houve a apreensão de 15 pedras de crack e
uma pequena quantidade de cocaína nos locais onde foram cumpridos os
mandados.
O comandante do 8º BPM, major
Genilton Tavares, afirmou que a última operação desse tipo realizada em
Nova Cruz ocorreu em 2010, mas ele informou que o aparato policial da
cidade "já vinha fazendo ações rotineiras de investigações", o que
motivou a deflagração dessa operação conjunta e sua continuidade pelos
próximos dias ate o período natalino.
"Realmente,
essa foi a primeira operação de porte, mas quando assumi fiz um
levantamento, um diagnóstico da região e vi a necessidade de se realizar
esse trabalho, pelo menos dar uma resposta à sociedade e mostrar aos
malfeitores que a Polícia está atenta", explicou o delegado Normando
Feitosa.
Embora não tenha ocorrido uma grande
apreensão de armas, munições e drogas, e foi mobilizada uma grande
quantidade de agentes, o delegado Feitosa disse que uma operação dessa
natureza "tem um efeito moral para a população, que vê a presença da
Polícia, e para bandidagem, que sente a presença da Polícia". Por isso,
segundo o delegado, o resultado da operação "tem um saldo positivo,
pois foram tiradas quatro armas de circulação", que poderiam ser usadas
para crimes de homicídios por pessoas "que vivem no submundo do crime e
delas pode-se esperar qualquer coisa".
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