3 de novembro de 2012

Casal acha restos de pombo espião e mensagem da Segunda Guerra


Animal foi usado para espionagem há quase 70 anos; especialistas ainda não conseguiram decifrar código


Um casal britânico encontrou em sua chaminé os restos de um pombo-correio que foi usado durante a Segunda Guerra Mundial para transportar mensagens secretas.
David Martin, da pequena cidade de Blethingley, no sudeste da Inglaterra, estava limpando sua chaminé, quando encontrou o resto da pata de um pombo.
'Eu estava tirando lixo e mais lixo da chaminé, quando começaram a surgir diversos ossos de pombos', disse Martin à BBC.
'Depois de enchermos algumas sacolas de lixo, finalmente surgiu um osso com uma cápsula vermelha acoplada, e com uma mensagem dentro. É inacreditável.'
A esposa de David, Ann, diz que a sensação era como se o casal tivesse 'ganhado um presente de Natal'.
Os restos do pombo espião (Foto: BBC)Os restos do pombo espião (Foto: BBC)
Código secreto
Durante a Segunda Guerra, o SOE - departamento de espionagem do governo britânico - usou mais de 250 mil pombos correios, já que eles eram vistos como o método mais eficiente e seguro de transmissão de mensagens.
Cada pombo portava também um número de registro, mas no caso dos restos achados por David nenhum número foi achado. Mas a cápsula vermelha do tamanho de um cigarro é exatamente a mesma usada pelo SOE durante a guerra.
A mensagem achada na cápsula está cifrada. Há apenas 27 sequências de cinco letras escritas a mão, como 'HYPKD' e 'DJHFP' e uma assinatura: 'Sargento W. Stot'.
Uma associação britânica dedicada à proteção de pombos especula que o animal talvez tenha se perdido no trajeto, devido ao mau tempo, ou cansado da longa viagem pelo Canal da Mancha.
Especialistas acreditam que o pombo estava a caminho de Bletchley Park, a cerca de 130 km da casa de David Martin, onde havia uma base especial de operações da SOE. O ponto de partida teria sido a França, no ano de 1944.
Eles tentaram decifrar as mensagens, mas não conseguiram.
A mensagem foi repassada a uma base de comunicação mais moderna, em Cheltenham, onde outros analistas tentarão novamente decifrar o código.
O código, ainda não decifrado (Foto: BBC)O código, ainda não decifrado (Foto: BBC)

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